domingo, 13 de junho de 2010

Meio Ambiente - conceitos e preconceitos


Para concluir este primeiro livro levei dois anos, atrapalhada com a mudança das ferramentas de trabalho, régua e compasso - sou arquiteta - para caneta. Ele tem como pano de fundo a proteção do ambiente natural, assunto cujos novos conceitos exigem discussão e assimilação no cotidiano do cidadão.
A recente contabilidade feita pela ONU sobre as consequências das intervenções do homem em nosso planeta leva-nos a refletir acerca das ações de proteção e, acima de tudo, de recuperação dos atributos ambientais de relevância para o equilíbrio da Terra ou da vida do homem no planeta Gaia, nossa casa, obrigando-o a um novo equilíbrio, em contraponto às atitudes que interferem na estabilidade da Natureza. É preciso tratar com cuidado nosso planeta que impõe sua capacidade de adaptação, mesmo agindo contra o homem e contra a vida.
Esse livro aborda os aspectos perversos, derivados da urbanização, que afetam os pobres e a qualidade urbana e ambiental. São temas restritos à proteção de atributos naturais destruídos, a Natureza viva, ou em risco de sê-los, em decorrência da ocupação humana. É composto de nove capítulos independentes, que poderão ser selecionados a gosto do leitor. Em vários deles falo a personagens da história do mundo e do Brasil.
CIDADE, ideias: aborda o processo de formação das cidades, cuja evolução foi marcada pelas diversas proposições de movimentos sociais que as transformaram. Mostra a imposição na peça do desenvolvimento da cidade, esta como protagonista única, até a divisão do brilho com o meio ambiente natural.
NITERÓI, ideias: trata de minha experiência nesta cidade ressaltando os avanços introduzidos na legislação urbanística e as dificuldades de realização de projetos de recuperação ambiental com base nessas novas condições legais, em consequência de ações mescladas de preconceito.
LOTEAMNETO SEM INVESTIMENTOS, déficit urbano em Niterói: alerta para o perigo que poderá advir dos atuais parcelamentos, plagiando aqueles que, durante muito tempo, foram motivados apenas pelas divisões e venda especulativa de terras, sem investimentos em infraestrutura e, muitas vezes, sem abertura das ruas. Destaco o potencial destrutivo do meio ambiente natural, preservado em municípios como Niterói, cuja ocupação já alcançou as áreas montanhosas cobertas de vegetação de Mata Atlântica.
PRODUÇÃO ou especulação imobiliária: reflete sobre atitudes de preconceito contra a indústria da construção civil, percebidas no desenvolvimento de trabalhos em urbanismo, quando trabalhei em Niterói.
FAVELAS: analisa, idealizando um futuro mais promissor, a criação e a atual situação dessas cidades paralelas, construídas pelos socialmente excluídos.
RESGATE AMBIENTAL, proteção da natureza viva: aborda um conceito, assim nomeado por mim, em que o legislador se utiliza da própria urbanização, a partir dos novos paradigmas já contidos na legislação relativa a meio ambiente e urbanismo, como um instrumento de recuperação e proteção do patrimônio natural. Conta a história dos projetos paralisados por ações calcadas em mitos de proteção ambiental: Morro do Gragoatá, Lagoa de Itaipu, Lagoa de Piratininga e Rio João Mendes.
SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS, vestígios de nosso passado: conta a história do esforço empreendido para a proteção ou resgate do acervo desses vestígios de nossa história em Itaipu, em conjunto com o IPHAN.
ESTRADA FRÓES, paisagens: aborda tema polêmico, concernente à implementação de empreendimento nessa estrada, que resultou em ação civil pública. Volta-se para a importância como patrimônio paisagístico da própria estrada e do que se descortina estando nela.
PARTICIPAÇÃO POPULAR, desenvolvimento urbano em Niterói: conta a experiência deste novo instrumento legal, que permite o controle social, utilizado na elaboração do Plano Diretor de Niterói e nos subsequentes planos urbanísticos.
CONCLUSÕES
PALAVRAS ADICIONAIS

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